Acontece no CCSP, de 03 de setembro a 03 de outubro, o Festival Criativos por Tradição, evento gratuito que é também um movimento – um convite para os visitantes refletirem sobre a urgência da proteção da Amazônia que só é possível a partir da valorização dos modos de vida, da cultura, do ritmo e das comunidades tradicionais desse território.
Patrocinado pelo Instituto Vale Cultural, o evento conta com o apoio da varejista Pernambucanas, e é promovido pela Artesol, organização que apoia os artesãos de todo o país há 23 anos. O Festival conta também com uma exposição, seminário, oficinas e feira para a comercialização do artesanato e é um dos eventos âncora do DW! – Design Weekend.
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O foco da Exposição Conexões Amazônia é revelar a história, o modo de vida, os saberes populares e a linguagem criativa de oito diferentes comunidades envolvendo povos indígenas como os Baniwa e krahô, vilas de ceramistas tapajônicos, povoados de seringueiros, entre outros núcleos.
“Para revelar a potência do patrimônio cultural relacionado aos fazeres artesanais nesses territórios, promovemos uma imersão de oito designers, um em cada comunidade, estimulando a troca de conhecimentos, o diálogo e o pensamento reflexivo entre tradição e contemporaneidade. A ideia de documentar essa experiência e revelar esse processo na exposição é enfatizar o protagonismo dos artesãos como autores de uma produção de grande relevância sociocultural e guardiões da biodiversidade da Amazônia”, explica Jô Masson, diretora executiva da Artesol.
A diversidade dos artefatos criados na região é resultado da experimentação de técnicas, formas, elementos naturais, símbolos e memórias ancestrais que conferem ao artesanato da Amazônia um caráter plural e singular ao mesmo tempo.
Além do valor cultural, um aspecto importante da produção do território é a questão da sustentabilidade, porque uma das grandes contribuições destas comunidades tradicionais para a nossa sociedade é o seu modelo de inter-relação com a natureza.
Mais sobre o evento
Além da mostra, que contará com recursos de fotografias, audiovisual e objetos, a programação do Festival também inclui um seminário com importantes atores e pensadores da Amazônia, entre artesãos, pesquisadores e ativistas, que irão promover reflexões e discussões sobre o contexto da salvaguarda dos saberes populares, as políticas públicas, o mercado de consumo desse artesanato, processos de cocriação e iniciativas que são referência de desenvolvimento sustentável.
Já as oficinas ministradas pelos próprios artesãos têm o objetivo de aproximar o público das técnicas a partir de uma experiência “mão na massa”.
A feira de artesanato, por sua vez, trará uma diversificada oferta de produtos da Amazônia para quem quiser levar para casa um pedacinho da história e das expressões culturais da Floresta e sua gente.
Por se tratar de um evento híbrido, o Festival contará com uma plataforma virtual onde os visitantes poderão fazer um tour pela mostra, acessar conteúdos sobre o universo do fazer artesanal da Amazônia, assistir às palestras do seminário e assistir as oficinas ministradas pelos artesãos.
“A plataforma digital irá proporcionar ao público de qualquer lugar do planeta uma imersão no contexto cultural e simbólico dos artesãos da maior floresta tropical do mundo”, afirma Josiane Masson.
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